sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

De Tibau às dunas de Genipabu





Este passeio foi num dos nossos últimos dias de férias, quando todo o restante da programação já estava acertada. O buggy estava tratado, mas o dia amanheceu bastante nublado, com cara de chuva. As alternativas eram arriscar com o clima ou desistir de conhecer as dunas de Genipabu. Resolvemos arriscar no clima. Levamos umas pancadas de chuva pela cabeça, mas o passeio valeu muito a pena!


Primeira travessia: a barra da Lagoa de Guaraíra, uma lagoa com comunicação ampla com o mar e, por isso, a água da lagoa acompanha a altura da maré.




Esta água linda é  da lagoa. O mar é aquela água mais linda ainda, bem verde, na linha do horizonte.


Nesta foto estão as margens da lagoa mais próximas do mar, mostrando a força da erosão. Devem despencar pedaços disto uma vez por semana, pelo menos!



Já do outro lado da barra, sobre algumas dunas enormes, a vista da lagoa (foto de cima) e do rio que deságua na lagoa (ao lado). A maioria das árvores é cajueiros, que estão por todo lado. A Natureza exuberante impressiona, assim como a quantidade de áreas praticamente intocadas.


A partir daqui, tive dificuldades para escolher as fotos, de tão impressionada que fiquei e de tão espetacular que achei. A foto abaixo me pareceu a melhor para começar, por dar uma espécie de visão geral. Primeiro, areia. Depois, uma espécie de lagoão ou piscinão protegido do mar pelas pedras ao fundo, que formam um quebra-mar. Além das pedras, o mar, que aqui bate forte e levanta ondas bem potentes!
Gente, o quebra-mar não é construído. É natural!!! São quilômetros e quilômetros desta barra de pedras protegendo a costa! Algumas piscinas são permanentes, e ficam mais fundas ou mais rasas conforme a maré sobe ou desce.


Em outros lugares, o mar já perdeu espaço, está preso além das pedras e tem plantas crescendo. Apesar da aparência, a barreira do fundo continua só obra da Mamãe Natureza.





Aqui, plantas e água estão tentando chegar a algum acordo. Esta parte  inunda quase todos os dias, mas as plantas conseguem crescer. A quantidade total de água deve estar diminuindo, eu imagino.


Esta é uma das minhas fotos preferidas, e mostra o quebra-mar com muito estilo! A parte mais alta dele, ao fundo, segura as ondas; a água passa de mansinho e cai feito uma cachoeira na parte mais interna, enchendo a piscina. E, apesar de toda esta maravilha, quase não se vê gente aproveitando. É que é tanta praia, tanto lugar bonito, tanta coisa incomum, que o pessoal simplesmente se espalha, e não é absolutamente difícil conseguir uma foto como esta, sem uma pessoa que seja neste verdadeiro paraíso!









Está vendo? Toda esta beleza... vazia!














Praia seguinte, a mesma coisa. Deserta!






A partir daqui, seguimos pela praia mais um pouco, e depois passamos para estradas internas, longe do mar. A próxima parada importante foi a cidade de Pirangi, onde a principal atração é o maior cajueiro do mundo. Este cajueiro é bem especial e vai ganhar uma postagem exclusiva - ele merece!
Depois de Pirangi, chegamos a Natal, capital do Rio Grande do Norte. Só passamos pela cidade, que fica à beira-mar e tem praias belíssimas. A arquitetura é interessante, os prédios novos são bem, digamos, cheios de personalidade. Estes, em construção, são um bom exemplo.
Aqui, o mar está à direita. Esta área cercada à esquerda é área de preservação ambiental, bastante próxima do centro da cidade.




Mais um monte de praias verdes, com ondas brancas, e vazias, vazias, vazias! 






A cidade, fazendo companhia à praia.








Uma das praias da cidade, com - até que enfim! - gente! Apesar do guarda-corpo atrapalhando, é só olhar com mais cuidado para ver que o onipresente quebra-mar natural está aqui também, aparando as ondas e facilitando a vida dos banhistas.


E esta é a Ponte Nova, sobre o rio Potengi, que corta a cidade de Natal. As dunas de Genipabu são logo adiante, bem perto da cidade.


É ou não é de querer morar numa cidade que tem um mar assim?! E, no fundo da foto, já dá pra ver as dunas.


E aqui, finalmente, as famosas dunas! 
Detalhe: as dunas ficam numa área fechada, e só bugueiros autorizados podem entrar. É enorme, incrível, de tirar o fôlego! Tiramos muitas fotos, mas nem adianta colocar, porque:
1. A claridade é tanta que tira os contrastes e a profundidade da foto, fica tudo meio igual e chapado;
2. Vamos ser honestos: areia é tudo igual e só o que diferencia uma foto da outra são as árvores do fundo! 
Mas, enfim, aí vão as fotos que, na minha opinião, ficaram mais de acordo com o lugar.
Aqui, com o buggy junto, pra dar uma ideia do tamanho.
Mais um monte de dunas. Tem para todos os gostos!



O maridão perto dos "verdinhos" que se vê nas outras fotos, só pra dar uma ideia do tamanho. Estas árvores são, é evidente, cajueiros. É impressionante o que tem de cajueiro neste Estado!


Esta foto foi tirada no topo das dunas, onde estávamos. Nosso guia nos mostrou que, apesar da altura, do Sol e do vento, a areia é úmida logo abaixo da superfície! É o que impede as dunas de saírem voando pra dentro do mar no primeiro vento forte, eu suponho. Mas não faço a menor ideia de como pode ter tanta umidade ali!


Agora, falando de buggies e dunas. Gente, depois da primeira descida, já dá pra saber direitinho porque só bugueiros autorizados podem entrar! A diferença entre diversão e quebrar o pescoço não parece ser muito grande, porque o buggy voa por cima de toda aquela areia! Tem descidas e rampas bem íngremes, de assustar mesmo, e o buggy vai com tudo. Depois da primeira descida, desisti de ficar sentada lá em cima como se vê nos filmes porque, vou te dizer, na descida o tranco não brincadeira e a a sensação que dá é que vai entortar a coluna inteirinha! Fiquei no banco, é mais macio, e foi emoção suficiente pra mim!
Se eu voltaria? CLAAARO! Com toda certeza! Foi simplesmente fan-tás-ti-co!!! Aliás, se depender de mim, um dia eu volto!


E, pra encerrar esta parte, uma observação: estava revisando, relendo e ajeitando tudo antes de dar por pronto, e o que mais vi foi esta gaúcha falando de praia linda e vazia. Definitivamente, é coisa de gaúcho. Como eu já disse, nossas praias tem a cor de Nescau e costumam ser tão geladinhas quanto um picolé de chocolate, de modo que, pra alguém que nasceu e cresceu no Sul, ver praias destas tão vazias chega a ser, sei lá, quase trauma!